11.1.10

Rajgir - Rajagriha

Pé na estrada! Continuamos nossa caminhada em busca do sagrado! O Sagrado externo que reflete o divino dentro de nós.

De Bodhigaya, nossa próxima parada é Rajgir.

Aqui o Buddha e seus discípulos passaram em retiro muitas estações das chuvas. O Bosque dos Bambus, aqui em Rajgir, foi o primeiro local da sangha oferecido ao Buddha pelo raja desta região, o rei Bimbisara. Rei Bimbisara uma vez encontrou o asceta Sidarta (antes de se tornar um Buddha), e ficou muito impressionado com ele, com seu brilho e determinação. O convidou para ficar, mas o ex-príncipe disse a ele que não poderia, pois deveria continuar em sua busca, mas o prometeu que retornaria, quando esta tivesse sido completada.

Após ter atingido a iluminação, o então Buddha, retornou a Rajagriha cumprindo sua promessa. Seu primo, Devadata, que tinha muita inveja do Buddha, ao ficar sabendo que Shakyamuni estaria seguindo para Rajagriha, prepara uma emboscada ao Buddha, intoxicando um elefante selvagem com licor no momento em que Buddha chegava a cidade. Este elefante, de grande porte, completamente descontrolado e em grande velocidade toma a direção por onde Buddha estava caminhando. Através de sua abundante bondade amorosa, o Buddha pacifica o elefante dizendo algumas poucas palavras causando com que ele se curve levemente perante o Buddha. Todos fica muito impressionados com este poder milagroso do Buddha e o homenageiam.

Em seguida, o Buddha Oferece ensinamentos ao rei, o qual sentiu-se muito afortunado e maravilhado com as palavras do Buddha. Este patrocina Shakyamuni e seus seguidores, doando alimento e um bosque para que pudessem usufruir como local de retiro durante as monções - o Bosque dos Bambus (Veluvana).

Foi aqui que, também, dois de seus principais discípulos, Shariputra e Moggalayana, tornam-se seguidores do Buddha.

O Sutra do Coração da Perfeição da Sabedoria e grande parte da literatura Prajnaparamita é considerada como tendo sido transmitida aqui em Rajgir, mais especificamente no Pico dos Abutres.

Tivemos a grande fortuna e conexão karmica de, no mesmo dia em que estavamos indo prestar nossas homenagens a este local sagrado, um grande mestre e yogui, Lama Zopa Rinpoche, estava também indo reverenciar o local e dar ensinamentos sobre a “vacuidade” no Pico dos Abutres, exatamente onde Buddha disse de muitas formas que tudo era vazio, e o vazio era cada e toda coisa. Lama Zopa Rinpoche é um daqueles lamas altamente realizados ainda vivos hoje!

Nosso querido Guia Guilherme Samel encontra sua antiga amiga monja e yoguini, irmã de Lama Zopa Rinpoche. Ani Ngawang Samten vive ao lado de uma caverna em Lawudo, nos himalayas, onde a reencarnação passada de Lama Zopa meditou durante muitos anos.

Nosso Gui também recebe as bençãos de Zopa Rinpoche ao final dos ensinamentos.

Nosso grupo recebe seus ensinamentos, presencia a prática feita, e depois que Rinpoche e dezenas de seus alunos deixam o local, foi a vez de nosso grupo brasileiro prestar nossas homenagens, agora em nossa própria língua, o português. Prece de Recordação das Três Jóias, Louvor as passagens da vida do Buddha composto por Nagardjuna e o Sutra do coração, recitado em nossa língua seguido de meditação por nossos peregrinos.

Dia seguinte, foram dois dias em Rajgir, fomos prestar nossas homenagens ao Bosque dos Bambus, onde Buddha ensinou entre seus muitos sermões, o Gopakamoggallaana sutta, Sigalovada Sutra, Patyutpana Samaddhi Sutra e outros.

Ah, foi aqui que também foi feito o Primeiro Concílios Budista, em torno de 6 meses após o falecimento de Buddha, liderado por Maha Kashiapa, na caverna Sattapani.