12.1.10

Nalanda – Legendária Universidade monástica budista

De Rajgir, seguimos em torno de 11 km ao norte e chegamos nas ruínas da grande universidade de Nalanda.

É considerado que nesta região o próprio Buddha haveria passado algumas vezes e a abençoado. Relíguias e restor mortais de Shariputra, um dos principais discípulos do Buddha, veio a ser guardada e homenageadas em uma estupa no local. É dito que o próprio rei Ashoka (século III a.C.) prestou homenagens a esta estupa em Nalanda e lá construiu um templo. Talvez o primeiro Vihara ou templo budista construído em Nalanda tenha sido este, erigido pelo próprio rei Ashoka.

Como universidade budista, registros de seu funcionamento já encontram-se na época de Nagardjuna (meados do séc.II d.C), que ali iniciou seus estudos e posteriormente veio a também tornar-se abade do monastério de Nalanda. Mais adiante, os grandes filósofos como Aryadeva (séc. III) e irmãos mahayanistas Asanga e Vasubandhu (séc. V), Shantideva (séc. VII-VIII), e Padmasambhava (séc. VIII) também estudaram ali. Entre estes, em alguns períodos, há a evidência de que mais de 10.000 monges e em torno de 2.500 professores residiam e estudavam juntos nessa grande universidade budista. Áreas de estudo tais como grámatica, lógica, medicina, astrologia e astronomia, artes, política e outras eram também oferecidadas junto com os estudos da filosofia, psicologia e prática budista.


Em surpresa, encontramos um grupo de monges do budismo tibetano sentados, desempenhando debates filosóficos, dentro do mesma estrutura de método que era praticada em Nalanda. Monge Ngawang Tenphel conversa com o líder e professor do grupo (geshe), que compartilha que uma das formas de se prestar homenagem a tal local seria emular as próprias atividades que ali eram desempenhadas, tais como os debates filosóficos. Por essa razão, assim eles debatiam como uma homenagem ao local o Geshe perguntou a nosso monge brasileiro onde tinha aprendido tibetano e, ao explicar que estudava em uma universidade tradicional do budismo tibetana na Índia, o Geshe perguntou se ele não teria alguma tese para trabalhar em debate com o grupo de monges. Ngawang Tenphel achou que era propício e auspicioso esse convite e assim o aceitou, Nosso monge brasileiro, por alguns momentos debate com os monges tibetanos da tradição gelugpa provindo do sul da Índia, do monastério de Drepung. Todos muito atentos, inclusive o Geshe, observando como seus alunos responderiam as questões do monge estrangeiro, sobre o tema “Uma vez que o Buddha tenha ditto que todos os fenômenos sejam impermanentes, seria a iluminação permanente ou impermanente?”

Seguimos nossa caminhada, agora em direção a Vaishali, onde o Buddha passou seu último retiro das monções, ofereceu seu último sermão, e onde ocorreu o milagre de macacos reconhecendo seu preciosidade lhe oferecem um pote de mel que colheram de uma colméia em uma árvore próxima.

Documentário/filme Dharma Yatra: Uma Viagem Externa, Interna e secreta Top Super também!

Todos ficamos muito contentes com a visita. Oferecemos nossas preces e aspirações viajando no tempo, em meio a este magnífico monumento.